Sábado, 27.10.07

 

 

Encontrei este texto (que não é meu, entenda-se. Aliás, fiz a sua transcrição integral), mas considerei um bom tema para se reflectir.

Andei afastada por uns dias (o tempo suficiente para me recompor), mas constatei que aqui na blogosfera este tema também foi debatido, embora de uma outra forma. Por isso, resolvi publicá-lo.

 

 

 

MULHER MAL AMADA
Alberto Carmo

 

 

 

 

 

 

Este é um tema tão delicado que vou digitar cheio de dedos - dez, para ser exacto , embora só use meia-dúzia deles. Ao se mencionar que uma mulher é mal amada, vão logo pensando numa mulher feia, e todas aquelas coisas que o lobby da indústria da beleza incute nas cabeças dos menos avisados. 

Antes de mais nada, não existe mulher feia. Isso é uma falácia com objectivos mercantis a que, infelizmente, muitas delas dão ouvidos. São todas maravilhosas com seus defeitos e qualidades - ser mulher é um estado de alma. Isto posto, vamos ao que interessa: a mulher mal amada.

Embora essa etiqueta seja colada apenas naquelas que o mercado chama de mulheres que não estejam dentro do padrão estético-americano-mercantilista-machista-de-uma-só e por mais incrível que você possa achar a afirmação a seguir, a grande maioria das mulheres taxadas de lindas é mal amada. Pronto, estão todas no mesmo balaio de gatos!

A maioria das mulheres é mal amada, e ponto final. Calma, a crónica ainda não acabou, foi apenas uma forma de expressão. E, para pôr mais pimenta no tempero, há uma grande possibilidade de que a sua mulher seja mal amada. Gostou dessa, machão? Coçar o saco nesta hora não adianta, apenas comprova minha teoria. Vá lavar as mãos e volte para ler o restante. Não demore. 

A mulher mal amada é solitária, ainda que tenha intensa vida social. E, acredite ou não, entre elas estão as mais espectaculares representantes do sexo feminino do planeta. Porque quando uma mulher chega ao ponto de sentir-se mal amada é porque o, ou os homens que conhece já não sabem como lidar com mulher de tal quilate, ou não dão mais no couro, caso você só entenda cusparadas e arrotos. E dar no couro não significa ser o Rambo das rapidinhas, vai um pouco além do seu umbigo. Se quer escolher um super-herói, dispense o Rambo e compre as figurinhas do álbum dos melhores momentos de Casanova - vai tirar mais proveito.

Embora o mercado competitivo tenha criado uma geração de mulheres desviadas que acabaram criando uma espécie nova - os homens mal amados - as mal amadas ainda suplantam seus equivalentes masculinos. E por motivos óbvios: o homem marcou bobeira enquanto elas caminharam a passos largos rumo ao que realmente vale a pena na vida. 

Como sempre, os homens continuam sendo radicais - ou soltam gases durante o orgasmo, ou vivem stressados numa vida sem sentido, ou viraram veados . Em todos os extremos acabam suprindo o mercado com mulheres mal amadas. E a tendência é de alta!

Enquanto isso, Casanova deve dar piruetas na tumba, e já deve estar contratando um advogado para processar Deus por perdas e danos por ter nascido na época das vacas magras. É causa ganha e vai criar jurisprudência, visto que o mercado nunca esteve tão aquecido. 

Concluindo, se há tantas mulheres mal amadas, está mais do que na hora do homem repensar - ou fazer uma releitura, caso você seja da turma dos frescos - seu papel no mundo. Porque elas estão mais sedutoras do que nunca, mais ardentes que as lavas do Vesúvio, mais fascinantes que a final do campeonato, quando você perde um tempo precioso diante da TV enquanto podia estar... deixa pra lá! 

Um brinde de vitória às corajosas mulheres mal amadas, que vão encher este nosso mundo de pimpolhos de melhor qualidade tão logo encontrem seus admiráveis homens novos. 


sinto-me com alguém para amar

publicado por Estupefacta às 21:43 | link do post | comentar | ver comentários (13)

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