(Retirada da Net)
A Maria chegou-se ao pé de mim e perguntou-me:
- Tu gostas de mim, mãe?
- Claro que sim, mas que disparate é esse?
- É que estás sempre a gabar a Beatriz?
- A Beatriz? Qual Beatriz?
- A da Tia Alda. Estás sempre a dizer que ela é muito inteligente.
- E é. Já viste as coisas que ela faz?
- Então e depois? Ela é inteligente naquilo e eu sou inteligente noutras coisas.
- Bem filha, essa vou ter de contar à Tia Alda.
A verdade é que fala-se muito no reforço positivo e, por vezes, esquecemo-nos de o dirigir a quem mais amamos e a quem mais precisa de o ouvir de nós - os nossos filhos.
A importância das nossas palavras assume, nestas idades sobretudo, uma importância e uma grandiosidade nas suas cabeças que não conseguimos imaginar. Ou melhor, imaginar até conseguimos porque já fomos adolescentes, mas tendemos a esquecer aquilo que nos custava e não gostávamos de ouvir dos nossos pais.
É só tentarmos mudar o discurso: tu vais conseguir, este desafio (não problema) vai ser fácil de ultrapassar, tu tens capacidades extraordinárias, tu és inteligente, tu és linda (o), tu és importante para mim.
Pode ser feito como exercício..... Eu acredito que as pessoas, os nossos filhos se vão formando com a ajuda das palavras que proferimos.
(ervas daninhas.... não. Já há quem as semeie muito no 'nosso quintal').