Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008
A fronteira entre a ética / moral e a lei é profunda? Ou pelo contrário, é tão ténue que facilmente se transpõe?....
O problema que se apresenta é este:
Uma mulher que estava a morte devido a um tipo de câncer. Uma droga pode salvá-la, uma nova fórmula que um farmacêutico de sua cidade havia desenvolvido. O farmacêutico está cobrando $2000,00 pelo medicamento, cerca de dez vezes o preço de custo. O marido desta senhora , chamado Heinz, procurou todas as pessoas que conhecia para pedir dinheiro emprestado, mas conseguiu apenas metade da quantia necessária. Ele falou com o farmacêutico que a sua esposa estava morrendo e pediu que lhe vendesse a droga mais barato ou que deixasse para complementar o pagamento posteriormente. Mas o farmacêutico disse "Não!". O marido ficou desesperado e arrombou a farmácia para roubar a droga para sua esposa. O marido deveria fazer isto ? Por que ?
Segundo Kohlberg , o marido da senhora que estava doente, tinha apenas duas saídas possíveis (dilema): deixar a sua esposa morrer por falta do remédio ou roubar o remédio. Segundo a proposta original, o dilema era entre o dever de salvar uma vida e não roubar. Kohlberg propunha que a opção por salvar a vida era superior a de não roubar, e a sua utilização era justificativa ética da autonomia do indivíduo, que estaria situada acima das regras morais e legais. Ele utilizava o raciocínio de que estes deveres - salvar uma vida e não roubar - são deveres prima , e não de deveres absolutos utilizado por Kant.
E nós o que faríamos?

sinto-me com um dilema para resolver
Olá amiga.
Gosto do novo visual, é mais calmo..o outro era mais apelativo para a vista...mas este está muito bonito.
Sobre o Post, se eu estivesse no lugar desse homem...é claro que não hesitava....arrombava a farmacia, enfrentava o mundo se fosse necessario.
Fizeste-me lembrar do meu professor de sociologia, era um polaco que tinha amania que os eslavos é que são bons e nós somos os latinos que não fazemos nada bem.
Ele apresentou um caso parecido com este, imagina que ias num carro com um amigo que tinha bebido, ele ia aconduzir atropelava alguém e fugia, tu eras a unica testemunha, o que fazias?
É claro que ele delirou, os suecos, finlandeses, dinamarqueses, todos os povos do norte, em mais de 90 % acusavam o amigo, nós estavamos ali nos 70%.....os povos da américa latina, com a Venezuela em destaque, estvam pelos 50%
Beijinhos
Jorge
PS:Branco sobre cinzento claro nos comentários não dá, estou aqui a fazer um esforço enorme para ver o que estou a escrever....precisas de mudar a cor da fonte.
Olá Jorge
Fiquei muito contente por te ver nos destaques. Gosto quando os meus amigos são reconhecidos. Parabéns.
Ainda não sei se o blogue vai ficar assim. ainda não encontrei o que realmente gosto e depois canso-me rapidamente, mas é só dos blogues
.Bem, na realidade não percebo nada disto. Acabo por pedir sempre ajuda a uma amiga experiente. Ainda não está terminada, mas hoje já não estou com paciência para mexer mais nisto.
Quanto ao post , eu também não hesitaria, sobretudo, e fosse pela minha filha.
Os eslavos não são mais honestos que nós, são mais frios e calculistas. É essa a leitura que faço de um resposta tão peremptória.
Espero que a área dos comentários já esteja normalizada, pelo menos penso ter tirado o cinzento.
Amanhã volto cá e altero mais um pouquinho.
Obrigada Jorge e fiquei toda contente, mas contente mesmo. Tu sem jeito e eu contente.
Beijinhos grandes
Agora está muito melhor, preto sobre branco é perfeito.
Tens razão, os eslavos são mais frios, nós somos mais coração....mas o que me irritava mesmo era a atitude do homem... apesar de ter adorado aquela cadeira (Sociologia Industrial).
Obrigado pelo teu carinho.
Beijinho
Jorge
É curioso mas ainda este fim de semana estive a falar com a minha filha sobre este caso. Ela estava a estudar para o teste de filosofia e o assunto em causa era o livre arbítrio. Decisão difícl mas nem tanto quando está em causa a vida dos que amamos. Embora as consequência não sejam a melhores (até a nível de consciência pois acabamos por fazer algo que consideramos errado).
Muitos parabéns pelo novo look do teu blog. Está muito alegre.
Beijinhos
Olá
Dilemas enfentamos nós durante toda uma vida, pelas mais variadas razoes
Este dilema é relativo e pode ser considerado de varias maneiras
Primeiro - o dilema em salvar uma vida pode estar subjacente uma questao religiosa ou moral, nao tendo directamente a ver com a pessoa em questao.
Mas esse problema moral é um problema de sociedade, e como tal, tanto o homem como o farmaceutico tem o problema socio religioso nas maos
Segundo - o dilema de salvar os nossos Filhos ou os nossos Pais poe-se com mais acuidade, ja que uns nos deram origem, e outros foram gerados por nós.
Assim para alem de um problema moral há seguramente um problema emocional, um problema de manutenção da linha genetica que nos deu origem e à qual demos origem
Terceiro - o dilema da mulher/marido é sempre muito relativo. todos nós sabemos que amamos desesperadamente alguem que um belo dia odiamos visceralmente e que queremos vermo-nos livres dela. Do ponto de vista de relação é um pouco absurdo executar acções para salvar quem um dia nos queremos livrar
Quarto - depende das idedes que estamos a falar... lutar por alguem de 20 é diferente do que lutar por alguem de 70
Quinto - depende da real eficacia do medicamento. Para curar poderia valer a pena, para prolongar um pouco a vida (e quantas vezes o sofrimento) não valeria
Qualquer acto é portanto aceitável, seja ele o roubar ou o deixar morrer.
Do meu ponto de vista EU executo em cada momento aquilo que a consciência me dita, seja moralmente, legalmente, socialmente ou emocionalmente correcto ou não. É evidente que a minha consciencia me dita sempre que não devo molestar os outros
Faria portanto nessa altura aquilo que a consciencia me ditasse, não podendo responder a esse dilema de um modo absoluto
Beijinhos
De
Anjos a 30 de Janeiro de 2008 às 10:44
Ó mulher mas essa imagem realmente....
Mas relativamente ao assunto do post é claro que roubaria e até mataria, se fosse preciso, para salvar quem amo...
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