Quarta-feira, 26 de Dezembro de 2007

 

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(Imagem retirada da Net)

 

 

O Natal foi passado em família (há verdades que não precisam de ser ditas ), em casa de um o meu irmão Fernando. Foi, de facto, uma alegria. A minha família e a família da minha cunhada reuniram-se. A algazarra foi a tónica dominante e a chegada do Pai Natal, depois do belo do bacalhau (e das azevias ), foi o momento mais esperado pelos miúdos. A Margarida, com 6 anos ainda acredita no Pai Natal... O meu irmão António lá se vestiu a preceito, com uma sacola às costas, tocou a campainha e «HO HO , chegou o Pai Natal». Os olhos da Margarida sorriam e os das outras crianças também.

As prendas foram distribuídas .... pelas crianças e adultos. A alegria vivida naquela casa foi contagiante.

Graças a Deus a minha cunhada está bem melhor, o cabelo já está a crescer, o meu pai também estava com uma energia magnífica e a minha mãe toda derretida com «os netinhos».

Chegámos a casa já passava das 3 da manhã. A Maria estava cansada, há uns dias que andava a fazer a contagem decrescente. Foi direitinha para a cama (eu sou muito prevenida: levo o pijama, a escova de dentes.... e assim é só chegar e deitar, porque sei que adormece logo no carro).

De manhã, como é hábito, foi a primeira a acordar e junto à lareira estava um embrulho em cima de um sapatinho dela.

- Mãe, o que é isto?!! Entra pelo quarto eufórica.

- Sei lá filha, o quê?

- Isto, vê.

- Então... isso é uma prenda.

- Sim, mas quem ma deu?

- Eu não. Foi o Pai Natal.

A alvorada, neste dia tão cheio de magia e com um significado muito especial para nós, é sempre esta.

Bem durante o almoço, que foi em casa de outro irmão (é o que vale ter uma família numerosa), desta vez do Zé, a Maria não se calava.

- Eu sei que foi a mãe quem pôs lá a prenda.

- Não fui não. Não viste que me fui logo deitar também? Tinha lá tempo para fazer isso (ok, Pinóquio).

- Ó mãe, eu já sou crescida.

A miúda andou a pensar naquilo o dia inteiro.

Regresso a casa com a Diana que veio passar cá uns dias e, depois do jantar (para elas, que eu já nem podia ver comida à minha frente), a conversa foi retomada.

- Vá lá mãe, confessa. Olha para os meus olhos e sem te rires diz que não foste tu.

Fiz um esforço enorme, mordi a língua (mas não morri de veneno, eh eh) e lá disse:

- Maria, não fui eu... foi o Pai Natal.

- Ó mãe confessa....

- Já confessei, não fui eu.

A conversa foi esquecida.

Naquele saquinho estava, entre outras coisas, um bloquinho de notas.

Eis senão quando, a Maria escreveu . «ESTE BLOCO FOI-ME OFERECIDO PELO PAI NATAL NO DIA 25 DE DEZEMBRO DE 2007».

Tão crescida, tão madura e tão infantil ainda. É a minha Maria.

 

Todos os anos faço isto: há sempre um presente que é posto no sapatinho pelo Pai Natal, porque considero que é importante prolongar esta magia.

 

 

 

 


sinto-me

publicado por Estupefacta às 15:00 | link do post | comentar

6 comentários:
De Júlia a 26 de Dezembro de 2007 às 17:05
Que maravilha de natal!
Acho fantástico que tenhas "pregado essa partida" à tua filhota... foi linda.

Beijinho.


De Estupefacta a 26 de Dezembro de 2007 às 17:44
O Natal foi, de facto, muito bom, passado com muito amor e alegria, já saúde dos meus familiares... mas as coisas vão melhorando.
A Maria fica sempre na dúvida e desde sempre lhe fiz isto. Ainda hoje me voltou a perguntar o mesmo. Eu gosto de prolongar esta meninice.

Um grande beijinho


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