
(retirada da net)
A M., amiga da Maria, veio dormir cá a casa de Sábado para Domingo e numa das conversas que tivemos, a M. falou-me sobre os pais, a namorada do pai, a filha da namorada do pai...... falou, falou, falou, falou.
A páginas tantas referiu que vive com os dois progenitores, uma semana em casa de um e outra em casa de outro.
Balbuciei qualquer coisa que não me lembro, mas fiquei a pensar.
Não vou dissertar sobre o facto de achar que crianças / jovens desta idade precisam de ter um lar como referência, regras bem definidas, padrões de vida concretos, blá, blá, blá....
Esta situação é viável porque ambos vivem na mesma localidade, não pondo em causa a frequência da escola e de outras actividades.
Bem sei que ambos são progenitores, que ambos têm amor, que ambos têm direitos e deveres, mas..... fica sempre um mas.
A maioria dos casos que conheço partilha a regulação do poder paternal, mas, confesso, a partilha da guarda é o primeiro.
Sei que já deixei indiciar a minha opinião. No entanto, queria saber a vossa.
O que dizeis sobre isto????
De
Peter a 17 de Fevereiro de 2009 às 13:00
é com eles...
Pois Peter, tem razão. É de facto com eles. Cada um é que pode decidir, mas será o mais indicado para a filha? É apenas uma questão.
De
Peter a 17 de Fevereiro de 2009 às 13:25
fui ler outra vez o texto e acho o mesmo, é com eles...
pelo que diz o texto dão-se todos bem, não é ??
sendo assim , não é mau...até para os filhos é melhor ao aceitarem a situação. Tem quatro pais, em vez de dois.
qual é o problema ? Mas continuo a dizer que é com eles, Maria. Bacio. ciao.
Quando os meus pais se divorciaram eu já era bem crescidinha , mas acho e seria assim que eu iria fazer se tivesse que passar isso, era de dar uma certa estabilidade ao meu filho. Residência fixa e depois passar alguns fins de semana e férias com a outra parte. Conheço um miúdo que anda sempre a pular e digo que não está a ter o melhor comportamento!!! Beijinhos
De
Blue Sea a 17 de Fevereiro de 2009 às 17:19
Os meus Pais divorciaram-se quando eu tinha menos de 3 anos. Via o meu Pai de 15 em 15 dias e alguns dias nas férias. Hoje, com 35 anos, gostava de ter estado mais com o meu Pai. Além disso o meu Irmão ficou com ele e também gostava de ter tido mais convívio com o meu Irmão.
Não penso que haja soluções perfeitas, mas uma coisa sei: o entendimento entre os Pais é essencial. E se estes Pais se sentem bem neste esquema e estão a dar o melhor que sabem no momento (tenho a certeza que estão, porque todos os Pais o fazem), então a criança está o melhor possível.
Falas em ter "um lar como referência, regras bem definidas, padrões de vida concretos". Esta criança tem dois lares (os dos seus Pais - pessoas insubstítuiveis) e que bom que deve ser para ela saber que tem um espaço na vida do Pai, tal como tem na da Mãe. E ter dois lares distintos, não quer dizer que não tenha regras bem definidas. Em cada lar há, com certeza, dinâmicas familiares diferentes, mas se ela fizer parte da dinâmica não se vai sentir excluída. E os padrões de vida... são os dos Pais. Não melhores padrões para um filho que os dos seus Pais. Acredito que os escolhemos antes de nascer.
Deixo aqui uma dica aos Pais e Educadores. Há uma vertente da Psicoterapia chamada Constelações Familiares e Pedagogia Sistémica. Assistir a um workshop destes ajuda a clarificar algumas ideias. Os workshops são baratos e estão a ser organizados em muitos pontos do país. Podem ir a www.espacopsi.com
Eu não pertenço ao Espaço Psi, mas já assisti e ajuda-me muito no meu trabalho. Beijinhos
Olá
A verdade é que todos podemos ter a nossa opinião, mas se pensarmos bem, cada caso é um caso.... Conhecemos tantas famílias bonitas e na aparência perfeitas em que as crianças são desequilibradas...
Talvez a nós nos possa parecer estranho, mas se como dizes, todos se dão bem?.. porque não? temos tendência a achar que os nossos ideais, que o nosso mundo e as suas regras é que são os melhores... mas isso é verdade para nós, não tem que ser verdade para o resto do mundo...
beijinho
Jorge
Francamente é uma situação sobre a qual nem sei o que dizer. Por um lado, talvez lhe seja difícil gerir as mudanças constantes. Por outro, sente-se ambientada em ambos os ambientes porque acaba por ter dois lares.
Beijinhos e desculpa esta longa ausência
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