
(Retirada da Net)
Vem este post a propósito de um post da minha amiga Daplanície sobre o facto da família ser a âncora de toda a educação. Vou passar, então, a relatar o momento em que percebi que antes de ser professora sou mãe e que esta é a minha profissão 24 horas por dias, 365 dias por ano e... adum eternum.
A Maria tinha uma festinha de Natal no 1º ano do 1º Ciclo. Eu tinha em simultâneo uma festinha na minha escola com a minha direcção de turma da altura. O dia e a hora da festa foram marcados pela direcção e não por mim.
Pensei, bem sou professora, esta é a minha profissão e, por isso, vou ficar com os meus alunos.
Em má hora optei por isto. À noite, quando regressei a casa, as palavras da minha filha fizeram-se ouvir:
- «Todos os meninos tinham lá os pais, menos eu que só tinha a avó Rosa (a ama que a criou desde os 3 meses de idade)».
Na altura, aquelas palavras da minha filha tocaram-me o mais fundo do meu ser. Percebi que a pessoa mais importante da minha vida era a minha filha, percebi que poderia viver sem os meus alunos, que poderia ter outra profissão, mas.... mas não poderia deixar de ser mãe, nem poderia viver sem a minha filha.
Desde esse dia, aconteça o que acontecer, tenha todas as faltas que tiver, deixe os meus alunos todos, NUNCA, mas NUNCA mesmo vou deixar de participar nas «coisas» da minha Maria.
Lembro-me de ficar a brincar com ela e de lhe ler uma história ou 2 ou 3 até adormecer. Lembro-me de adormecer primeiro do que a Maria e de ter de pôr o despertador para as 23H30 ou 24H00 para poder acabar os trabalhos que havia deixado. Aquele era um momento único, ficasse o que ficasse.
Não posso nem quero que a minha filha fique em segundo plano. Não posso nem quero ouvir de novo aquelas palavras.
De
Genny a 25 de Novembro de 2008 às 17:08
Eu sempre estive presente na vida da minha filha, pedia para gozar um dia de férias em dias de festinhas escolares e nunca me arrependi de tal. Mas sei que a minha filha guarda uma grande mágoa, porque o pai está quase sempre ausente!
Enquanto puder irei sempre acompanhá-la!
Um grande abraço para as duas e os parabéns atrasadotes à Maria

Eu não fazia isso até então. Agora ponho sempre o artigo 102º, que é o tal que se desconta nos dias de férias.
Não fiques triste em relação à tua Tesouro e ao pai. Um dia havemos de falar sobre isso. As coisas por cá não são muito diferentes, mas o que importa é que elas nos têm.
Beijinho grande para as duas
Olá
Tens toda a razão, podemos ter muitos empregos, muitos patrões, muitas coisas, mas os nossos filhos só crescem uma vez. Por cá partilhamos tudo, até as reuniões com os professores que como são na mesma escola são à mesma hora, nos turnamos uma vez vou à da miúda e a mãe à do Miúdo e na vez seguinte trocamos, porque caso contrário os miúdos ficam chateados.... os nossos filhos são muito mais importantes que tudo.
Beijinho
Jorge
Aqui em casa sempre fui eu quem foi às reuniões, embora o pai apareça sempre que pode.
Tomei consciência da importância que tem a presença dos pais naquele dia e, desde aí, fique o que ficar , não deixo de estar presente.
Obrigada amiga. És muito importante para mim.
Tocaste num ponto muito importante.
Eu estive sempre lá nas festas da Creche (a Tabaqueira tinha creche para os filhos dos trabalhadores até aos 3 anos), depois no Valsassina até eles terminarem o 12º ano e na recepção de diplomas na licenciatura.
O Pai trabalhava fora de Lisboa e à noite dava aulas (há 25 anos que o faz) no Ensino Superior que não é compativel com faltas.
Eu (mesmo a estudar à noite) estava lá no final de cada período, na festa da comunhão, na festa do ballet dela, na festa do fim de ano escolar.
Quando adoeci e fiquei internada o Pai sentiu que tinha de estar presente pela 1ª vez em todas as reuniões e o resultado foi o que ele menos esperava.
- O Pai agora até vai ao Colégio e faz-nos surpresas (diziam os dois em coro)
Hoje já são adultos mas o Pai nunca mais deixou de os acompanhar e apoiar a partir desta altura (de há 10 anos para cá)
Vamos falhar a cerimónia de entrega de diplomas do MBA dela no dia 18 de Dezembro em Fontainebleau mas o marido vai lá estar para fotografar a festa e trazê-la de volta a Portugal e aos mimos.
Profissão de Mãe: Doutorada em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas.
Beijinhos
Doutorada em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas. Nunca tinha pensado nisto, mas é a verdade.
Não vão falhar a entrega do diploma, vão estar apenas longe fisicamente. De certeza, que o pensamento dela vai estar convosco.
Que tudo te corra como desejas.
Um grande beijinho
Amiga
MÃE,é a única profissão que nunca sofrerá com o desemprego.Com aumento ou congelamento salariais.É um emprego sem horário,entrada ou saída...a única remuneração é o amor incondicional.
Um beijinho para mãe e filha
RS
De
Marta a 26 de Novembro de 2008 às 12:09
E são eles que são verdadeiramente importantes.
Sabes que depois de jantar ... esqueço tudo ... só quando adormecem é que me dedico aos afazeres domesticos
E que eles crescem tão rapuido
Beijinhos
Eu faço exactamente o mesmo. Até a Maria adormecer, todo o meu tempo é passado com ela, se bem que agora vai preferindo a companhia dos amigos, tal como nós o fizemos.
Beijinho amiga e obrigada pela tua sempre presença
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