(http://daipira.flogbrasil.terra.com.br/1147281026.jpg)
Zezinho, depois das aulas, entrou em casa e, furioso, bateu com os pés no soalho. O pai, que estava de saída para o quintal, ao ver aquilo chamou o filho para uma conversa.
Zezinho, de 8 anos, acompanha-o desconfiado. Antes que o pai pudesse dizer qualquer coisa, fala irritado:
- Pai, estou cá com uma raiva. O João não deveria ter feito aquilo. Desejo tudo de mau para ele.
O pai, homem simples mas cheio de sabedoria, ouve calmamente filho que não pára de reclamar.
- O João humilhou-me na frente de todos os meus amigos. Não suporto isso. Gostava que ele ficasse doente para nunca mais poder ir à escola.
O pai, calado, continuava a ouvi-lo com muita atenção, ao mesmo tempo que se dirigia para uma casinha onde tinha guardado um saco cheio de carvão. Levou o saco até ao fundo do quintal e o filho acompanhou-o sem perceber o que o pai estava a fazer.
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está a secar no estendal é o teu amiguinho João e cada bocado de carvão é o mau pensamento que diriges a ele. Quero que mandes cada um dos bocados de carvão e acertes na camisa, até ao último. Depois, eu volto para ver como é que ficou a camisa.
Zezinho achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O estendal com a camisa estava longe dele e pouco pedaços conseguiu acertar no alvo.
Passado uma hora terminou a sua tarefa. O pai, que o observava sem que desse conta, aproximou-se e perguntou-lhe:
- Filho, como é que agora te estás a sentir?
- Estou cansado, mas alegre porque consegui acertar com muitos bocados.
- Vem comigo. Quero mostrar-te uma coisa.
O filho acompanhou o pai que o colocou em frente a um grande espelho, onde podia ver o corpo inteiro. Que susto! Só conseguia ver os dentes e os olhos.
Então, o pai diz:
- Filho, reparaste que a camisa quase não se sujou? Mas olha para ti. O mal que desejamos aos outros é como o que te aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com os nossos desejos e pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós.
(Autor desconhecido)
Cuidado com os seus pensamentos; eles podem transformar-se em palavras.
Cuidado com as suas palavras; elas podem transformar-se em acções.
Cuidado com as suas acções; Elas podem transformar-se em hábitos.
Cuidado com os seus hábitos; eles moldam o seu carácter.
Cuidado com o seu carácter; ele controla o seu destino.